Nos últimos dias muito têm se
falado a respeito da ligação da enxaqueca com o consumo de vinhos. Conforme
pesquisa coordenada pelo Dr. Abouch Krymchantowski e apresentada no 54º Congresso
Americano de Cefaleia, apenas 33% das pessoas que tomam vinho frequentemente
têm deflagrada a crise de enxaqueca. O estudo, por sinal muito interessante, analisa
também as variedades dos vinhos e o potencial de desencadear enxaqueca.
Ao comparar o efeito “gatilho”
entre os pacientes que sentiram-se mal ao menos duas vezes depois de beber o
vinho, Tannat e o Malbec foram variedades que desencadearam a enxaqueca com
maior frequência, 51,7% e 48,2% respectivamente. Cabernet Sauvignon e Merlot
causaram dor em menos de 30% das vezes que foram ingeridos.
Bom, como todos já devem ter
percebidos eu sou um amante de vinhos e degustador, já há algum tempo.
Entretanto também sofro de enxaqueca há anos, muito antes de sonhar em conhecer
alguma coisa sobre vinhos.
Ao longo desses anos de
sofrimento com crises fortíssimas de enxaqueca ouvi de muitos médicos “evite
vinho, chocolate, queijos, etc”, entretanto sempre notei que o vinho não era um
fator desencadeador das crises, dessa forma procurava outros médicos, visto que
não confiava no diagnóstico.
Fiquei intrigado com isso e fui
fazendo testes, nada cientifico claro, entretanto com o objetivo de verificar
se as crises eram causadas pelo vinho. Eu degustava um cabernet sauvignon e
acompanhava se tinha crise, um chardonnay, um merlot e assim por diante.
A conclusão que tive foi que, no
meu caso, o vinho não é um “gatilho” de enxaqueca, Notei que minhas crises são
causadas pelo stress.
Hoje faço um tratamento profilático
para a enxaqueca, evitando assim as frequentes crises e continuo apreciando
meus vinhos sem medo de ir para o hospital.
Para os amigos que gostam de
vinho e que sofrem desse mal, meu conselho é procurar um bom médico, de preferência
especialista em cefaleia, e tentar identificar o causador das crises (tomara que
não seja o vinho).