quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cabernet Franc nacional de excelente qualidade.




Continuando com as excelentes descobertas da Vinum Brasilis 2012, vou destinar esse post a um Cabernet Franc, o vinho Gran Cabernet Franc XIII 2008 da Vinícola Valmarino.

Primeiro falando um pouco a respeito da Cabernet Franc. Essa uva originada da França é considerada a Cabernet original. A Cabernet Sauvignon surgiu do cruzamento entre a Cabernet Franc e Sauvignon Blanc.

No Brasil a Cabernet Franc se adaptou muito bem ao solo e ao clima, entretanto, atualmente é mais utilizada em cortes (combinação) com outras uvas. Dessa forma, os vinhos brasileiros varietais (vinho elaborado com um único tipo de uva) Cabernet Franc tendem a não cair no gosto popular do brasileiro.

Eu também nunca fui um apreciador dessa cepa (uva), por total desconhecimento, até minha primeira visita a Mendoza, quando conheci a Bodega Pulenta Estate e provei o excelente vinho XI Gran Cabernet Franc, que é simplesmente sensacional, o melhor vinho Cabernet Franc que já tomei. A partir de então comecei e olhar com outros olhos os vinhos 100% Cabernet Franc.

Para minha surpresa, quando já estava de saída da Vinum Brasilis 2012 (evento ocorrido em Brasilia-DF), parei em um estande e fui degustar o vinho Cabernet Franc XIII 2008, da Vinicola Valmarino. Que maravilha! Que belíssima surpresa, o vinho, na minha humilde opinião, é muito bom, me fez lembrar o excelente vinho da Pulenta Estate.

Segundo informações do site da própria vinícola, o vinho permanece 17 meses em barricas  e após esse período recebe um corte de 30% do mesmo vinho que não passou por barrica.

Esse vinho tem algumas características interessantíssimas, que encontrei apenas em alguns Cabernet Franc, aromas complexos, algo de vegetal, lembrando pimentão, presença de madeira e especiarias. Na boca o vinho é elegante, harmonioso, aquele vinho que preenche a boca, macio com taninos bem equilibrados. Um vinho que recomendo.

Vale a pena degustar.

domingo, 26 de agosto de 2012

O que fazer quando o garçom coloca aquele pouquinho de vinho na taça?


Muitas pessoas evitam pedir vinhos em restaurantes por não saber o que fazer naquele momento em que o garçom coloca aquela pequena quantidade de vinho na taça.

Eu, assim como muita gente que está lendo esse post, também tinha esse receio, no começo eu optava por não experimentar o vinho. Quando o garçom ia colocar aquele pouquinho de vinho eu dispensava... dizia ao sommelier/garçom que podia continuar com o serviço. Pois é, muita gente que já conhece mais de vinho e até eu mesmo dou risada disso hoje, mas meu pensamento era esse, como não sabia o que fazer optava por não experimentar. Com o tempo fui conhecendo mais, entendendo a necessidade daquele momento e experimentando todos os vinhos.

Primeiro, vamos partir do principio que a escolha do vinho já ocorreu. A escolha do vinho é uma opinião pessoal que pode ter o auxilio do sommelier (profissional do restaurante especializado em vinhos). Uma vez escolhido o vinho, o sommelier/garçom irá abri-lo e colocar aquela pequena quantidade de vinho na taça... e agora? 

Já vi muita gente que nesse momento cheira o vinho, faz careta, olha para o lado e começa a avaliar o vinho, falando dos aromas e por aí vai.... mas vamos deixar claro aqui, não é o momento pra isso, a idéia não é essa. 

A função desse momento é avaliar se o vinho esta saudável ou não. Os vinhos podem estar avinagrados ou oxidados, que é quando sentimos aromas de vinagre ou ovo podre ou podem estar “bouchonné” – termo usado quando a rolha foi contaminada por um fungo – geralmente se identifica esse estado quando se sente cheiro e gosto de “papelão molhado”. Caso identifique algumas dessas situações peça que o sommelier troque o vinho. Estando tudo certo autorize o garçom a continuar com o serviço.

sábado, 25 de agosto de 2012

Chardonnay da Vinícola Perini, uma grata surpresa.


Ao visitar a Vinum Brasilis 2012 tive várias agradabilíssimas surpresas, aos poucos vou escrevendo e dividindo com todos os excelentes vinhos degustados.

Assim como uma boa degustação, vou iniciar com um vinho branco, da uva Chardonnay. Não foi o único vinho branco que degustei no evento, experimentei outros bons Chardonnays e um Gewurztraminer, mas, na minha opinião, esse que vou relatar foi o melhor. Trata-se do vinho Fração Única Chardonnay, Safra 2011, da Vinícola Perini. 

Um vinho branco equilibrado, com rápida passagem por barricas de carvalho. Possui aromas marcantes de baunilha e maça verde. Na boca é um vinho que agrada pela boa acidez e ótima estrutura.

Esse vinho é um dos melhores Chardonnays nacionais que já provei e apresenta um excelente custo-benefício, no site  da  Vínicola (www.vinicolaperini.com.br)  o  Fração Única Chardonnay 2011  saí  por  R$ 33,00.

Vale a pena conferir esse vinho elegante, gastronômico e diferenciado da Vinícola Perini.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Você sabe o que é vinho "Crianza"?


Com o passar do tempo e com o fato de conhecer outros tipos de vinhos me deparei com alguns exemplares onde constava no rótulo a expressão “Crianza”. Pra falar bem a verdade não entendi nada, porém fui pesquisar e entender melhor do que se tratava.

Muitas pessoas, por desconhecimento, podem até achar que se trata de vinhos novos, pela semelhança que a palavra espanhola “crianza” possui com a palavra “criança” do português. Entretanto a tradução da palavra espanhola “crianza” para o português é criação, envelhecimento.

Pois bem, no mundo dos vinhos o termo “crianza” é utilizado geralmente nos vinhos espanhóis que passaram algum tempo em um processo de envelhecimento.

De acordo com a Ley de la Vina y el Vino (lei espanhola que trata da vitivinicultura daquele país) são considerados vinhos “Crianza”:

 - os tintos com um período de envelhecimento de 24 meses, sendo ao menos 6 meses em barricas de carvalho;
 - os brancos e rosados com um período mínimo de 18 meses de envelhecimento, sendo ao menos 6 meses em barricas de carvalho.
Ainda por essa Lei, os vinhos espanhóis “Reservas” são os tintos com período de envelhecimento de no mínimo 36 meses, sendo ao menos 12 em barricas de carvalho e brancos com período de envelhecimento de no mínimo 24 meses, sendo ao menos 6 em barricas de carvalho.

Os vinhos espanhóis “Gran Reserva” são os tintos com período de envelhecimento de no mínimo 60 meses, sendo ao menos 18 em barricas de carvalho e os brancos com período de envelhecimento de no mínimo 48 meses, sendo ao menos 6 em barricas de carvalho.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Toro Loco Tempranillo 2011




Toro Loco Tempranillo superou vinhos até dez vezes mais caros Foto: Getty ImagesPara quem nunca ouviu falar do Toro Loco e gosta de vinho bom e barato preste atenção a esse tempranillo espanhol que está revolucionando o mundo da enologia.

Um vinho que custa 3,59 libras (aproximadamente R$11,50) foi escolhido por especialistas britânicos, na tradicional Wine & Spirits  Competition – competição internacional  de vinhos e destilados realizada por jurados em teste as cegas, como um dos melhores vinhos do mundo.

No Brasil, toda a produção do Toro Loco Tempranillo 2011 será disponibilizada pelo site www.wine.com.br em quantidade limitada, custando R$ 25. Bares, restaurantes e hotéis parceiros da Wine também poderão adquirir o produto.

Agora só resta aguardar e conferir se esse vinho é realmente tão bom.


domingo, 12 de agosto de 2012

Vinum Brasilis 2012


Depois de um bom tempo sem atualizar meu blog estou de volta e com uma ótima noticia para os amigos de Brasília, essa semana, nos dias 15 e 16 de agosto, acontecerá o evento Vinum Brasilis 2012.

 

O evento reunirá mais de 30 vinícolas brasileiras, oferecendo excelentes vinhos para degustação. Algumas Vinícolas confirmadas: Perini, Aurora, Dom Laurindo, Lidio Carraro, Antonio Dias, Miolo, Casa Valduga, Salton, Pizzato, Dal Pizzol.

E olha que interessante, haverá  vans gratuitas para levar os participantes para casa (apenas para alguns bairros de Brasília). Dessa forma os participantes podem aproveitar tranquilamente o evento, sem a preocupação com as blitz da lei seca. 

Encontro todos lá.